Auto-avaliação

Quando tudo parece impossível e as atribulações querem dominar a minha mente, encontro um pequeno espaço na desordem entre o Id, o Ego e o Superego e digo a mim mesmo, já foi tão difícil chegar até aqui e desistir implica em não concluir, por isso calma, fé e sabedoria. Chore se preciso for, agradeça a Deus e dê continuidade a sua história.Amém.

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domingo, 16 de maio de 2010

A Sociedade Atual e as Demandas para os Professores: Definindo a Primeira Linguagem

É interessante de olhar e fazer críticas a respeito das pessoas e de suas ações, a análise e o prejulgamento que fazemos é constante e em sua maioria desmedido. Assim a sociedade atribui a classe educadora toda a responsabilidade de instruir e educar geração após geração, e a cada nova época as mudanças ocorrem e recai novamente aos professores e professoras este responsabilidade, sabe-se que todo processo de mudança implica diretamente na resistência, e esta resistência não é só da sociedade que é educada, mas sobretudo na sociedade educadora.

Do lado de fora apontamos os defeitos e julgamos com facilidade, e com muita facilidade ainda verbalizamos a seguinte frase: “ é de responsabilidade dos professores/professoras mudar esta realidade de alunos violentos, de reduzi as evasões de reinventar uma nova metodologia que absorva de modo incondicional esta juventude”. Falar é muito fácil, mas como fazer isso em tempo aonde as mudanças acontecem de forma avassaladoras.

O docente tem seu período de formação em torno de quatro a cinco anos, no entanto não implica dizer que pára por ai, seu processo de formação é constante e sua vivência, sua prática, sua percepção concreta só passa a existir quando efetivamente recebe uma sala com alunos.

Neste reduto da profissão docente temos hoje a tecnologia digital, a informática que ocupa todos os espaços, e é comum de encontramos alunos superiores no conhecimento do manuseio desta tecnologia, e o(a) professor/professora como fica em uma situação como esta?. A respeito desta indagação Fernandes, 2004, p.17 fala que “ para entender a realidade atual em que o professor está inserido e os novos saberes exigidos a ele, é importante contextualizar os recentes debates sobre a profissão docente”.

O docente se vê diante de uma demanda exigente, ou seria informada, e cabe a ele buscar mecanismos de superação diária, ficar atento a tudo que o cerca, procurar esta sempre adiantado de seus alunos. Mas isso é mesmo possível?

O professor adquire com a prática docente o modo como relacionar-se com seus alunos, encontra barreiras e as ultrapassa com maestria, suas habilidades vão além do que ele ousou imaginar, as adversidades são inúmeras e as condições precárias, estes desafios vencidos dia a dia é o que podemos denominar de demandas internas, o conjunto deste fatores também é chamado por vários autores de “saberes da docência”.

A realidade da sala de aula traduz-se em maturidade e uma busca constante pelo conhecimento, a discussão pedagógica é uma realidade nas escolas, mas o saber pedagógico de cada docente é ímpar, por mais literatura que exista, por mais debates que se promovam não acredito existir uma receita pronta, mesmo porque a realidade e as adversidades de cada localidade, cidade, estado, região e país são particulares e peculiares.

No exercício pedagógico é cobrado a percepção do docente quanto a seu alunado, de compreensão das suas peculiaridades, requerendo assim habilidades maternas e/ou paternas no alcance das emoções, não é tarefa fácil de se realizar, pois o educador não possui somente uma sala, são várias cabeças pensantes e de emoções distintas. Para o alcance desta proposta é necessário fugir a regra da maioria dos educadores, aonde estão presos com modelo de ensino/aprendizagem com postura militar.

Tratando-se de tecnologia é bom refletir olhando para este professor que é tradicional em seu estilo didático e que acredita que outro melhor não há, e que o uso de recursos tecnológicos não irá influenciar no bom desempenho em sala de aula. Para este docente a mudança ou um novo aprendizado de lidar com suas aulas não é prioridade. Nóvoa, 1992 apud Fernandes 2004 coloca da seguinte forma, que a maneira como cada um de nós ensina depende daquilo que somos como pessoa. É no ser que definimos o nosso fazer. Portanto, é impossível de separa o eu profissional do eu pessoal.

Cabe então a instituição o papel de exigir, de cobrar e de instrui pois não basta ter os equipamentos, mas fazer uso dos mesmos, capacitando estes profissionais e demonstrando de forma prática os resultados, o professor tem que ter domínio da tecnologia e extrair dela todo o potencial que irá lhe auxiliar na transmissão do conhecimento, a capacitação é somente um passo que deverá ser mantido através de programas de formação continuada, haja visto que a tecnologia é de evolução constante.

Tendo como parâmetro o pressuposto de que o trabalho com a informática na educação exige do professor, além do conhecimento básico em informática, conhecimento para panejar e orientar a aprendizagem, para estimular a pesquisa e o prensamento dos alunos, e ainda desenvolver um processo de ensino e aprendizagem crítico e criativo, utilizando o computador como um dos recursos, é necessário que sua formação contemple um ensino que integre vários componentes, evitando, assim uma formação fragmentada, baseada apenas no aspecto instrumental.(FERNANDES, 2006, p.35)


Referência Consultada

FERNANDES, Natal Lânia Roque. Professores e computadores: navegar é preciso. Porto Alegre: Mediação, 2004.

domingo, 9 de maio de 2010

De Tecnologias da Informação e Comunicação a Recursos Educativos

Fazer esta transição não é nada fácil, a dificuldade se inicia no processo de inserção das TIC's, a maioria dos profissionais tem a rejeição como empecilho principal, ainda mais por se tratar de algo que virou febre nacional entre os mais jovens, o processo de auxilio através da tecnologia a primeira vista parece passa tempo de crianças e adolescentes, ai está o primeiro grande erro, achar, supor, imaginar que a tecnologia é reduto da nova geração, e que nenhum conhecimento possa ser acrescido.
Esta crença sem valores fundamentados tem que ser destronada, o profissional de educação como principal agente de transformação tem que esta antenado a tudo que o cerca e fazer bom uso, extrair elementos que lhe favoreça no processo de ensino/aprendizagem.
Se tens uma dificuldade em manter a atenção dos discentes, de quebrar as barreiras para uma discussão e de fortalecer a sua participação mais ativa e reflexiva, por que então não buscarmos alternativas junto aos seus interesses, da mesma forma em que os assuntos transversais são abordados quando incitados na sala, pois é a hora mais oportuna, oportuno também é utilizar-se das ferramentas tecnológicas para transmitir conhecimento.
As TIC traz esta proposta, de aproximar de atrair a atenção e principalmente a participação como elemento de transformação."Torna-se difícil negar a influência das tecnologias da informação e comunicação na configuração do mundo atual, mesmo que esta nem sempre seja positiva para todos os indivíduos e grupos".(Sancho, Hernández & Cols., 2006)
Para que possamos penetrar neste mundo virtual é necessário a compreensão, participação, empenho, autonomia e profissionalismo, reclama-se tanto que os alunos não querem aprender isso, não se dedicam com aquilo, não tem interesse, não demonstram empenho, são várias as reclamações nas reuniões pedagógicas, no entanto agem da mesma forma quando há uma proposta de uma nova forma de comunicação, de instrução, de conhecimento.
O professor em sua maioria esta acomodado a uma didática que é reflexo da sua graduação, aonde o avanço tecnológico não havia invadido os pátios, as praças de alimentação e a própria sala de aula, e para ele falar em mudança, em tecnologia é motivo de resistência e falta de interesse (esta agindo da mesma forma que seus alunos).
Paçamos uma leve olhada no retrovisor da sala de aula, tínhamos um quadro negro com giz, depois uma lousa de acrílico com pincel, fichas, retroprojetor, datashow e agora internet sem fio. Dai surge a pergunta, acompanharam esta evolução?.
"Uma educação orientada a formar este tipo de indivíduos requereria professores convenientemente formados, com grande autonomia e critério profissional".(Sancho, Hernández & Cols., 2006)
Pesquisas realizadas desde de 2001 repetidamente concordam em diz que: "um dos principais obstáculos para desenvolver o potencial educativo das TIC são a organização e a cultura tradicional da escola".(apud Sancho, Hernández & Cols).
O que é interessante de se ver é a participação de órgãos que não possuem a competência política educacional, mas tem seu senso de responsabilidade e visão acurada de mudança, e tomam atitudes com o intuito de contribuir com esta evolução.
Em discussão dentro da sala de aula, quando nos referíamos aos laboratórios de informática que foram distribuidos as escolas públicas como uma das propostas de inclusão digital pelo governo federal, ouvimos depoimentos de que em algumas cidades as máquinas nunca sairam das caixas, noutras esta montada, porém não é utilizado, pois a coordenação tem receio que os alunos quebrem as mesmas. Conclui-se portanto que o entrave está na administração, a coordenação receiosa "ignorância de conhecimento" com o novo poda a toda uma comunidade estudantil e a seus professores o direito de descobrir novas formas de trabalho e novas metodologias. Sancho, Hernández & Cols, 2006 a este respeito dizem que "a cada dia parece mais claro que a estrutura pedagógica e organizativa da escola atual não é a mais adequada para a incorporação das TIC. Sobretudo, espera-se que a sua utilização signifique uma transformação positiva, como aconteceu no mundo produtivo, econômico e cultural".
É relevante a informação de que não é suficiente que se tenha só computadores, mas também o acesso a intenet, através de uma rede de banda larga de alta velocidade, para efetivar a troca de informações, para construir, divulgar e interagir.